Champagne combina com tudo! Sirva champagne durante toda a refeição! Café da manhã com champagne!
Frases deste tipo carregam um certo exagero, mas não estão muito longe da verdade. Exceto carnes vermelhas, onde o tanino é insubstituível e pratos com texturas untuosas, os champagnes geralmente podem harmonizar muito bem, desde que se escolha o tipo adequado para cada caso. Evidentemente, comidas potentes e um tanto rústicas não combinam com vinhos elegantes.
Os champagnes são muito gastronômicos por apresentar grande acidez, frescor, álcool comedido e textura delicada. Corpo, estrutura e doçura, podem ser calibrados dentre os vários tipos e estilos de champagne.
Do exposto acima, vamos passar por alguns tipos de champagne, ressaltando suas principais características:
Blanc de Blancs
São os mais delicados, elaborados somente com Chardonnay. São leves, muito frescos e minerais. Podem envelhecer com propriedade, adquirindo aromas de trufas e frutas secas.
Acompanham muito bem peixes e frutos do mar in natura: ostras frescas, sashimis, salmão defumado. Início de refeição com petiscos, canapés e entradas leves, também são boas pedidas. Quando envelhecido, podem acompanhar massas e carnes brancas com molhos delicados à base de cogumelos e trufas.
Blanc de Noirs
Elaborado somente com Pinot Noir na maioria das vezes (a outra tinta é a Pinot Meunier). Sua cor é mais intensa, com toques dourados. Mostra-se estruturado e encorpado. Vai bem com aves de sabor mais acentuado como galinha d´angola, marreco ou pato assado. Os vários tipos de cogumelos, além de pâtes de sabor mais marcante (pâte campagne), podem harmonizar muito bem. O rótulo abaixo é 100% Pinot Noir do belo produtor artesanal Barnaut, importado pela Decanter (www.decanter.com.br).
Blanc de Noirs com uvas de Bouzy
Brut non millésimé
Este é tipo mais produzido e consumido. É o carro-chefe de cada maison e imprime o estilo da mesma. Portanto, é muito difícil generalizar. O estilo e o requinte são muito variáveis. Como exemplo, um Moët & Chandon é menos encorpado e menos requintado que um Krug Grande Cuvée, o champagne básico da casa. Chega ser até uma heresia chamar um Krug de básico, mas didaticamente, cabe bem este exemplo para notarmos o abismo que existe nesta categoria de champagne.
Em linhas gerais, devem ser tomados jovens, aproveitando todo seu frescor. Direcione os de maior porcentagem em Chardonnay para entradas e pratos leves. Já os com mais presença de Pinot Noir, para a gastronomia. Eles ficam um tanto cansativos para serem bebericados sozinhos.
Estilo leve: Moët & Chandon, Taittinger e Billecart-Salmon
Estilo encorpado: Drappier, Krug, Bollinger e Egly-Ouriet
Etiquetas: barnaut, billecart-salmon, blanc de blancs, blanc de noirs, bollinger, brut nom millésimé, champagne, chardonnay, decanter, drappier, egly-ouriet, Harmonização, Krug, moët chandon, Nelson Luiz Pereira, pinot noir, sommelier, taittinger, tudo e nada, vinho sem segredo
9 de Janeiro de 2011 às 4:29 PM |
Caro Nelson e leitores
Deixo aqui meu testemunho sobre Champagne no café da manhã:
É bom sim! Para confimar é só abrir uma garrafa na manhã de um belo domingo e acompanhar com pão de queijo recheado com brie (bão di mais, sô!) , ou, para os mais puristas, com uma fatia de brioche com o mesmo queijo (merveilleux!).
Até breve!
GostarGostar
9 de Janeiro de 2011 às 5:47 PM |
Caro Fernando,
Para os mais comedidos pode ser excelente começando o dia. O difícil é manter uma taça de vinho por refeição.
Um abraço,
Nelson
GostarGostar
10 de Janeiro de 2011 às 9:24 AM |
[…] This post was mentioned on Twitter by SP Gourmet, W2S. W2S said: RT Harmonização: Champagnes – Parte II http://j.mp/ic9c2p […]
GostarGostar