Finalmente, a lista dos 100 melhores vinhos da revista americana Wine Spectator. Sempre muito polêmica, suas notas mexem com os preços dos mais bem pontuados. Como sempre, a premiação se concentra nos americanos, franceses, e italianos. Espanha e Portugal em números modestos, e o restante, na maioria Novo Mundo, completam a lista. Todos os vinhos: http://www.winespectator.com
Além dos Top Ten já anunciados e comentados em artigo anterior, segue minha lista Top Ten baseada na lista dos 100 melhores anunciada. Escolhi dez vinhos dentre os noventa abaixo do Top Ten.
Moccagatta Barbaresco Bric Balin 2015
97 pontos (11° colocado)
Barbaresco de estilo mais moderno. O vinhedo Bric Balin tem vinhas desde 1957 até 1985 com 3,4 hectares. O vinho passa cerca de 18 meses em barricas francesas. Sempre muito bem pontuado, tem corpo e ótimo poder de fruta. Importadora Vinci.
Domaine Huet Vouvray Demi-Sec Le Mont 2018
95 pontos (15° colocado)
Huet é referência absoluta na apelação Vouvray com a uva Chenin Blanc no Loire. O vinhedo Le Mont parte de um terroir pedregoso (sílex) em meio a argila. O vinho tem 17 g/l de açúcar residual em perfeita harmonia. Excelente para pratos delicados e agridoces. É a versão alemã dos brancos franceses. Importadora Premium.
Castellare di Castellina Chianti Classico 2017
94 pontos (17° colocado)
Belo produtor de Castellina in Chianti, região clássica desta denominação. O vinho é baseado em Sangiovese com uma pitada de Canaiolo. Seu amadurecimento dá-se em tonéis de madeira francesa por sete meses. Sempre muito consistente e de muita tipicidade. Importadora Vinci.
Guigal Côte-Rôtie Brune et Blonde 2015
96 pontos (21° colocado)
Talvez o maior especialista na apelação Côte-Rôtie, Guigal elabora este vinho baseados nos vinhedos Côte Blonde (solo xistoso rico em sílica e calcário) e Côte Brune (solo rico em óxido de ferro). Os rendimentos são baixos e o blend é calcado na uva tinto Syrah com uma pitada da branca Viognier. Passa 36 meses em toneis de madeira, sendo 50% novos. Excelente pedida por preços honestos. Quem tem acesso à famosa trilogia (La Turque, La Mouline, e La Landonne) está no céu. Importadora Interfood.
Marques de Murrieta Rioja Finca Ygay Reserva 2015
92 pontos (40° colocado)
Um clássico da Rioja com vinhos sempre consistentes. Nesta safra temos 80% Tempranillo, 12% Graciano, 6% Mazuelo, 2% Garnacha. Passa 18 meses em barricas de carvalho americano. Um vinho sedutor e marcante. Dignifica o estilo clássico dos grandes Riojas. Importadora World Wine.
Quinta do Noval Vintage Port 2017
98 pontos (53° colocado)
Uma das cinco melhores Casas do Porto, os Vintages da Noval são complexos e longevos. Nesta estupenda safra 2017 temos um Porto para esquecer na adega. Muito concentrado e estruturado para longo envelhecimento. Para quem não tem paciência, decanta-lo por ao menos quatro horas. Importadora Adega Alentejana.
Poliziano Vino Nobile di Montepulciano 2016
92 pontos (54° colocado)
Poliziano é a grande referência quando se fala na denominação Vino Nobile di Montepulciano, a sul do Chianti Classico. Elaborado com 85% Prugnolo Gentile (Sangiovese) e 15% das uvas Canaiolo, Merlot, e Colorino. Passa entre 14 e 16 meses em madeira inerte de várias dimensões. Um toscano clássico. Importadora Mistral.
Marquis d´Angerville Volnay Champans 2016
95 pontos (67° colocado)
D´Angerville é juntamente com Domaine Lafarge as maiores referências na apelação Volnay. No caso de D´Angerville temos um lado mais viril de Volnay com vinhos aptos a longo envelhecimento. Geralmente passam de 15 a 18 meses em barricas francesas, sendo no máximo 20% novas. Champans trata-se de um de seus Premier Cru. Importadora Premium.
Chateau Pichon Lalande Pauillac 2016
97 pontos (97° colocado)
Um clássico de Pauillac, sempre pregando surpresas às cegas para os Premiers desta comuna. Um tinto muito sedutor, taninos sempre bem moldados, e embora possa ser acessível em tenra idade, envelhece com muita nobreza. Mais um dos grandes Bordeaux da ótima safra 2016. Várias importadoras podem tê-lo.
Dominique Piron Morgon Côte du Py 2017
92 pontos (99° colocado)
Morgon é um dos Crus de Beaujolais do ótimo produtor Dominique Piron. Côte du Py é uma colina de solo granítico dentro da apelação Morgon com vinhas acima de 50 anos. Amadurecimento parcial em madeiras inertes de várias dimensões. Um Beaujolais diferenciado e muito gastronômico. Importadora Decanter.
Enfim, uma lista europeia, sem a presença dos americanos, pois estes últimos são inacessíveis em nosso mercado. Todos os vinhos listados tem importação no Brasil, embora não da safra específica mencionada. Como consequência, fica como sugestão para os vinhos deste final de ano.
De um modo geral, os Top 100 deste ano deram ênfase para os Cabernets e Pinot Noir americanos, os tintos da Toscana, especialmente Chianti Classico, e os Bordeaux da safra 2016.
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