Domaine Breton: A consciência de um Terroir


 

Varietal impresso em rótulo francês

Estava escrito nas estrelas. Catherine et Pierre Breton nasceram para cultivar Cabernet Franc no Loire, uma das regiões francesas mais diversificadas em tipos e estilos de vinhos. A razão é óbvia. O nome desta uva no Loire é exatamente o sobrenome do casal.

Sob as apelações Chinon e Bourgueil localizadas na sub-região de Touraine, a Breton (Cabernet Franc) encontra sua melhor expressão como varietal, já que na região de Bordeaux, ela é sempre utilizada em cortes de maneira minoritária.

O vinho provado ontem em degustação temática na ABS-SP (Associação Brasileira de Sommeliers), apesar do infanticídio cometido, é a feliz conjunção de um grande produtor, um vinhedo diferenciado e uma safra perfeita. Tradução: Domaine Breton Bourgueil Clos Sénéchal 2005 (preço: R$ 120,00 – importadora World Wine – www.worldwine.com.br)

Catherine e Pierre Breton são biodinâmicos, o que em linhas gerais, podemos traduzir como total respeito à natureza. Portanto, não usam qualquer produto químico em toda a elaboração de seus vinhos, tanto no campo, como na adega. A fauna e flora locais precisam estar em harmonia para que as vinhas, parte deste ecossistema, possam produzir frutos de grande qualidade e pureza. É lógico que só esta filosofia não basta. É preciso ter talento para fazer vinhos. E isso eles têm de sobra.

Clos Sénéchal é um vinhedo de aproximadamente 1,3 hectares em solo argiloso com forte presença de calcário. Isso faz com que as uvas gerem vinhos de boa acidez, estruturados e aptos ao envelhecimento. A safra de 2005 na Europa de uma maneira geral foi perfeita, com todos os fatores climáticos sintonizados às respectivas estações do ano. Portanto, com uvas perfeitas nas mãos de quem entende, o sucesso decorre de maneira natural.

Fermentação com leveduras naturais, as quais fornecem personalidade própria ao vinho, utilização baixíssima de SO2 e muito pouca manipulação com ausência de filtração, são alguns dos detalhes deste belo vinho.

Cor concentrada e muito pouco evoluída. Aromas tipicos da casta com toques florais de violeta, destacada mineralidade e um núcleo extremamente frutado lembrando framboesas. Para desfrutá-lo nesta tenra idade é imperativo duas horas de decantação. Para os mais conscientes, esqueça-o na adega ao menos cinco anos.

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