Queijos nas refeições: uma opção pouco explorada
Arrematar uma refeição com queijos é um hábito natural da europa ocidental, notadamente, França e Itália, quer para terminar a última garrafa antes da sobremesa, ou mesmo para iniciar o vinho de sobremesa.
Para aqueles que preferem pular a entrada e a sobremesa em casa ou num restaurante, os queijos podem ser ótimas alternativas. Hoje não é tão difícil restaurantes oferecerem no cardápio um prato de queijos. Normalmente vem um assortiment com pequenas porções de queijos frescos de cabra, queijos de massa mole e/ou dura e alguns queijos azuis, podendo haver alterações, conforme a solicitação do cliente.
Nestas condições, assim que chegar o prato de queijos, você pode fazer o pedido do prato principal e o vinho que o acompanhará. Neste interim, quando os queijos estão relativamente gelados (eles só são tirados da geladeira no momento do pedido), podemos começar pelos queijos frescos de cabra, acompanhando uma taça de espumante ou um vinho branco fresco (Sauvignon Blanc é a pedida clássica).
Chegado o prato principal, sua garrafa estará devidamente preparada para o prato (se for vinho branco deverá estar à temperatura correta ou um tinto eventualmente já decantado). É uma estratégia interessante para que as coisas fluam naturalmente.
Neste ponto, esquecemos o prato de queijos, nos concentrando apenas no prato principal. Geralmente, sobra um pouco do vinho principal e que muitas vezes ficamos bebericando-o isoladamente. É nesta hora que volta o prato de queijos em ação. O tempo que ele ficou parado serviu para a temperatura dos queijos restantes atingirem o ponto ideal e principalmente adquirirem a textura correta. Arremate então o final da garrafa com os queijos, exceto os azuis, mesmo porque, este tipo de queijo normalmente vai sobrepujar o vinho principal, principalmente os tintos tânicos, com o sal agredindo-os impiedosamente. Os queijos em questão, de massa mole (brie, camembert, …) ou dura (grana padano, parmesão, …) combinarão melhor com sua garrafa de branco ou tinto, respectivamente.
Por fim, chega a hora do vinho de sobremesa. Tanto um Sauternes, como um Late Harvest ou até mesmo um Porto escoltarão com sucesso os queijos azuis restantes. Para esses vinhos, há sempre boas opções em taça.
Neste roteiro observamos uma tábua de queijos devidamente degustada, harmonizada com vinhos variados no momento certo. Agora, se você não gosta de queijos, esqueça este post.
Etiquetas: azul, brie, cabra, camembert, Harmonização, Nelson Luiz Pereira, parmesão, porto, queijo, sauternes, sommelier, taninos, tudo e nada, vinho sem segredo
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