No final dos anos 60, começo da década de 70, surge um tinto italiano na Toscana de classe internacional, deixando de lado todas as regras de denominação de origem. Os críticos ingleses, surpresos com a qualidade do vinho, recusaram-se a chama-lo simplesmente de Vino da Tavola, nascendo assim o termo “super toscan”. Neste contexto, começa a surgir o mito Sassicaia, o pai dos supertoscanos.
Continuando a história, outros grandes tintos seguiram o caminho do pioneiro, dentre os quais, o topo de gama da Tenuta Guado al Tasso. Trata-se de um corte bordalês criado em Bolgheri, região da Toscana próxima ao mar Tirreno. Esta proximidade do mar aliada a um solo pedregoso tentam reproduzir características semelhantes ao consagrado terroir de Bordeaux. A receita deu certo com vinhos de alta classe, premiados e conhecidos mundo afora.
o império Antinori
Antes dos vinhos, uma pausa para falarmos de Antinori, talvez o nome mais poderoso da Toscana com mais de 600 anos de história. No mapa acima, alguns de seus ícones espalhados pela Toscana e Umbria. Tignanello, outro grande supertoscano, e Pian dele Vigne, seu Brunello, são destaques no extenso portfolio.
Neste artigo, além do ícone Guado al Tasso, falaremos também dos outros belos vinhos da vinícola, começando pelo branco abaixo com a casta Vermentino.
branco de personalidade
A casta Vermentino adaptou-se muito bem no Mediterrâneo, sobretudo no mar Tirreno, banhando a Toscana, Liguria, Sardegna e Córsega com ótimos Vermentinos. No vinho acima, uma cor exótica com palha verdeal meio enevoado. Os aromas são elegantes com toques florais, de frutas brancas maduras, e ervas delicadas lembrando chá de camomila. Corpo médio, textura macia, mas ao mesmo tempo com bom suporte de acidez. Persistente e de final muito agradável. Massas com molhos cremosos e delicados são ótimos acompanhamentos.
um rosato gastronômico
Neste corte, há uma leve predominância de Cabernet Sauvignon (40%), complementado por Merlot (30%) e Syrah (30%). Trata-se de um rosé de pressurage com linda cor salmonada. As notas de frutas vermelhas e ervas predominam no nariz. Corpo médio, boa densidade, e final persistente. Pela própria natureza das uvas, é um rosé gastronômico, acompanhando bem embutidos, massas e pizzas com molhos picantes.
um Bolgheri acessível
Para uma região tão badalada como Bolgheri, Il Bruciato é bastante acessível para aqueles que querem conhecer esses vinhos sem desembolsar uma fortuna. Este corte é baseado em Cabernet Sauvignon (55%), complementado por Merlot (30%) e Syrah (15%). A vinificação prioriza maximizar a extração de taninos da Cabernet, enquanto a Merlot e Syrah fornecem um lado mais frutado e aromático. O vinho passa cerca de sete meses em barricas. Os aromas de frutas escuras, defumados e chocolate são bem presentes. Em boca tem bom frescor, taninos marcantes e final equilibrado.
o astro da Tenuta
Este é um típico corte bordalês de margem esquerda: Cabernet Sauvignon (55%), Merlot (25%), Cabernet Franc (18%) e Petit Verdot (2%). Vinificação com longa maceração e amadurecimento em barricas novas de carvalho francês por cerca de 18 meses. Este exemplar degustado em Magnum (1,5 litros), mostrou-se extremamente novo. Os aromas de cassis e cedro são impactantes, complementados por notas de mentol, ervas e cacau (torrefação). Boca ampla, macio e uma montanha de taninos a serem domados pelo tempo. Deve ser obrigatoriamente decantado por pelo menos duas horas. Trata-se de um vinho agradavelmente quente com seus 14,5º de álcool. Tinto para longos anos em adega.
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