Muita gente pergunta, por que é tão difícil beber um grande Borgonha?
O esquema abaixo, responde em parte esta pergunta. Os Grands Crus não chegam a 2% da produção total, que já não é tão grande. Os Premiers Crus quando muito, chegam até 15%. Nestas duas faixas da pirâmide está a essência deste grande terroir. Some-se a isso, os especialistas em cada comuna, problemas de safra, estilo de cada produtor, e a equação fica muito difícil de ser resolvida.
Borgonha: A exclusividade dos grandes vinhos
Segundo site oficial da Borgonha, www.vins-bourgogne.fr, os principais dados de 2008 seguem abaixo:
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Área de vinhedos: 27.626 hectares (3% de toda a França)
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Produção: 1.448.309 milhões de hectolitros
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Brancos (61%) – Tintos e Rosés (31%) – Crémants (8%)
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100 apelações de origem
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33 Grands Crus
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635 Premiers Crus
Outras curiosidades:
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Menor apelação: Charlemagne Grand Cru = 0,28 ha
É uma área equivalente a 2800 metros quadrados (um lote de 28m de largura por 100 de comprimento), que produz apenas 700 litros de um branco equivalente ao Corton-Charlemagne, cuja produção é relativamente bem maior.
Mesmo na França, um rótulo raro
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Em Vougeot, a área de Grands Crus é bem maior que a área de Premiers Crus e Comunais. Clos de Vougeot é um vinhedo Grand Cru com 49,86 ha. Já as demais áreas de Vougeot somam 15,87 ha.
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Existe uma apelação em Auxerrois, comuna próxima a Chablis, chamada Saint-Bris, que elabora brancos à base de Sauvignon Blanc. Esta região não está tão distante do Vale Loire.
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Musigny, além do estupendo Grand Cru tinto faz uma pequena quantidade de Grand Cru branco (dois mil e trezentos litros). É uma exceção na Côte de Nuits.
Rótulo raro da Côte de Nuits
Em 1993 as vinhas antigas de Chardonnay no Domaine Vogüé foram replantadas, passando então a apelação Musigny Blanc Grand Cru, para simplesmente Bourgogne Blanc. Evidentemente, o vinho não tinha mais a complexidade que as chamadas “Vieilles Vignes” proporcionaram ao longo do tempo.
Etiquetas: borgonha, bourgogne, charlemagne, clos de vougeot, comte vogüé, grand cru, musigny, Nelson Luiz Pereira, premier cru, saint-bris, sommelier, tudo e nada, vinho sem segredo
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