Crozes-Hermitage: Domaine Graillot


Alguns produtores são referências em determinadas denominações ou apelações, termo utilizado nas leis francesas. É o caso de Alain Graillot para Crozes-Hermitage, famosa apelação do chamado Rhône do Norte, conforme artigos específicos neste blog, intitulados Vale do Rhône.

O mapa acima mostra a apelação Crozes-Hermitage rodeando toda a área da apelação mais nobre denominada Hermitage, localizada em Tain l`Hermitage. As comunas mais ao norte como Gervans, Erôme e Serves, apresentam um clima mais fresco e úmido, além de solos graníticos, propiciando vinhos mais austeros e fechados. Já as comunas ao sul, como La Roche de Glun e Pont de l´Isère, apresentam clima mais seco e presença marcante do vento Mistral. Os solos de origem aluviais (proximidade do rio Rhône) são pedregosos e mais quentes, propiciando vinhos mais abertos e macios. Este é o terroir de nosso vinho em questão.

Recentemente, o seleto grupo Top Ten da Wine Spectator de 2011 consagrou mais uma vez o excelente Alain Graillot Crozes-Hermitage La Guiraude 2009 com 94 pontos em nono lugar. La Guiraude é a seleção das melhores barricas, ficando o restante com o segundo vinho que também é ótimo.

Grande tipicidade e consistência

São 18 hectares de vinhas com idade ao redor de trinta anos destinadas à Crozes-Hermitage, três hectares à versão em branco com as uvas Marsanne e Roussanne, e um hectare e meio para a apelação Saint-Joseph. Os tintos são 100% Syrah em solos aluviais pedregosos sob cultivo orgânico. A vinificação é feita em cubas de cimento com longas macerações de 18 a 20 dias. O amadurecimento dá-se em barricas relativamente novas por um ano, mesclando criteriosamente as diversas idades.

O vinho mostra-se equilibrado, com boa concentração de frutas escuras, traços minerais, defumados e de especiarias. Um Syrah tipicamente do norte do Rhône. É importado pela Mistral na versão básica e também a cuvée La Guiraude (www.mistral.com.br). Convém decantá-lo uma hora antes de ser servido. Pode envelhecer por pelo menos cinco anos em adega.

Nesta década, os tintos do Rhône nas safras ímpares são excelentes, tendo inúmeras premiações em anos como 2001, 2003, 2005, 2007, e 2009.

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