A Nova Zelândia sempre demonstrou vocação na elaboração de bons vinhos com a caprichosa uva Pinot Noir. Notadamente, as regiões de Martinborough (sul da ilha norte) e Central Otago (região central da ilha sul) são as mais confiáveis.
A vinícola Rippon abaixo localiza-se em Central Otago, às margens do lago Wanaka, sob a orientação do enólgo Nick Mills e equipe. O projeto é totalmente biodinâmico, com forte conceito de terroir. Nick passou alguns anos na Borgonha absorvendo o savoir-faire de produtores como Jean-Jacques Confuron e também na Domaine de La Romanée-Conti.
Um dos vinhedos mais bonitos do mundo
As videiras do Rippon Pinot Noir 2006, importado pela Premium (www.premiumwines.com.br), foram plantadas entre 1985 e 1991 com clones criteriosamente selecionados, numa densidade de 3800 pés/hectare. O solo é rico em minerais, com marcante presença de xisto. A maturação das uvas é bem lenta, com a colheita ocorrendo entre final de março e boa parte de abril.
O mosto foi fermentado com leveduras naturais de forma lenta e gradual. A longa maceração (contato com as cascas) permitiu extrair aromas diferenciados e destacada estrutura tânica, evidentemente em diferentes faixas de temperatura. Posteriormente, o vinho foi amadurecido em barricas francesas (apenas 30% novas) por um período de 18 meses. Foi engarrafado sem filtração.
Elegante, diferenciado, além de bem equilibrado. A madeira de nenhum modo incomoda, apenas enriquece o conjunto. Tem nível de um Premier Cru da Borgonha, apresentando algumas nuances de um Chambolle-Musigny. Não confundir com Rippon Jeunesse Pinot Noir, de parreiras jovens.
Etiquetas: central otago, importadora premium, Nelson Luiz Pereira, nick mills, nova zelândia, pinot noir, rippon, sommelier, terroir, tudo e nada, vinho sem segredo
28 de Março de 2011 às 5:42 PM |
AS uvas da NZ conseguem através de seus vinhos levar a mensagem da luz de do equilibrio natural até nossos sentidos. Habilidosos enologos captam estes sinais e os sintetizam na garrafa. Desde os mais simples aos mais complexos os vinhos deste país surpreendem e, a Rippon, com seus Pinots, Rieslings e Sb demonstram isto com maestria. Boa lembrança do blog.
GostarGostar
29 de Março de 2011 às 10:48 AM |
Caro Nilson,
De fato, a Nova Zelândia é um país promissor e possui condições de terroir muito interessantes. Tenho certeza que novas surpresas estão reservadas num breve tempo.
Um abraço,
Nelson
GostarGostar