Em recente congresso da OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho) realizado em julho deste ano (2015), mostraremos a seguir os dados atuais do mundo da uva e do vinho no cenário mundial.
A superfície do vinhedo mundial gira em torno de sete milhões e quinhentos mil hectares de vinhas. A Europa respondem por pouco mais da metade desta área (54%), seguida pela Ásia (24%) e as Américas (14%). África e Oceania têm porções diminutas. A tendência atual é o forte crescimento da China e o decréscimo de países como França, Itália e Espanha. Nesses países europeus as regiões e denominações de origem estão bem alicerçadas, caminhando portanto, para uma natural estabilização.
Cenário Mundial: destinação das uvas
Os maiores produtores de uvas, independente qual seja sua destinação, são: China, Estados Unidos, França, Itália e Espanha. Quanto à destinação, a França praticamente resume-se à produção de vinhos. Já Itália e Espanha, uma pequena parte (em torno de um sexto da produção de cada país) é destinada para consumo in natura, sendo o restante para vinhos. No caso da China, inverte-se a situação. Grande parte dos vinhedos é para consumo in natura e cerca de um sexto da produção, para a indústria vinícola. Em relação aos Estados Unidos, um terço dos vinhedos é destinado à produção de uvas passas e também consumo in natura. O restante fica para a produção vinícola, a quarta na hierarquia mundial, como sempre.
Na produção de vinhos, o número mundial está na ordem de 270 milhões de hectolitros, sendo que França e Itália respondem por aproximadamente um terço deste valor. Os países que vem crescendo proporcionalmente na produção de vinhos são: Estados Unidos, China, África do Sul, Chile e Nova Zelândia.
Consumo mundial: América e Ásia ganhando terreno
O consumo mundial de vinhos em torno de 240 milhões de hectolitros divide-se entre Europa (60%), Américas (24%) e Ásia (10%). Oceania e África ficam com o restante. China e Rússia sinalizam para um crescimento maior no consumo, enquanto países tradicionais como França, Itália e Espanha, continuam em queda. Em termos absolutos, o maior consumidor são os Estados Unidos, seguido de França, Itália e Alemanha.
De uma maneira geral, pouco mais da metade da produção mundial de uvas é destinada à vinificação, enquanto a outra metade fica praticamente destinada ao consumo in natura. Somente uma pequena parte da produção mundial (7%) vai para a elaboração de uvas passas. Lembrar que são necessários quatro quilos de uvas frescas para um quilo de uvas passas.
Crescimentos dos espumantes nas exportações
No quesito exportações em valores, temos: 18% espumantes, 71% vinhos engarrafados, e 11% vinhos a granel. Os maiores exportadores de vinhos continuam sendo França, Itália e Espanha, em valores. O Chile assumiu a quarta posição tanto em valores, como em volumes.
Nas importações, outro trio de ferro continua reinando, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, nesta ordem em termos de valores. Quando falamos em volumes, A Alemanha assume a ponta, trocando de posição com os Estados Unidos.
Rosés: 10% do consumo mundial de vinhos
França: Liderança absoluta
Estatísticas recentes apontam para um crescimento mundial de consumo do vinho rosé. Atualmente, fica em torno de 24 milhões de hectolitros. A França lidera este consumo com uma fatia de 37%, seguida pelos Estados Unidos (12%), Alemanha (9%) e Reino Unido (6%).
Espumantes: Participação crescente na exportação
Quanto aos espumantes, a produção mundial gira em torno de dezoito milhões de hectolitros por ano, 7% da total de vinhos produzidos. Neste cenário; França, Itália, Alemanha, Espanha e Rússia, nesta ordem, respondem por cerca de três quartos da produção mundial. O consumo de espumantes cresceu 30% na última década, sendo a Alemanha o país líder neste quesito, seguida por França, Rússia, Estados Unidos e Itália. Na exportação de espumantes, a França lidera com folga em termos de valores com 53% do mercado. Em seguida, vêm Itália (21%) e Espanha (9%). Já em volumes, a Itália assume a ponta, seguida pela Espanha. Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha, são os grandes países importadores de espumantes em valores, respectivamente.
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